O vale do silêncio...é onde me encontro agora
É o lugar onde vou buscar respostas
para as perguntas que nunca fiz...
Começo a andar, lenta e compassadamente,
Abstraindo do meu redor todo o som,
todo o movimento e toda cor...
Eis que o vazio é onde estou
Ou seria a soma de tudo?
Pois o branco domina as formas ao meu redor...
Formas? Sim, tais como um vale;
a relva branca...as flores brancas...
Penhascos alvos como a neve...
Sopra o vento; mas não o ouço;
Corre a água - que não marulha
Piso a grama - que não se estala...
E andando chego a algum lugar...
Lugar onde corre um riacho,
Em meio a um penhasco bravio...
Às suas margens despejo três lírios,
Esperança incauta do saber e dos porquês;
Arrastados pelas águas levam meu olhar consigo...
E por fim aguardo;
Do outro lado do vale estão as respostas,
Que virão a mim enquanto espero, assentada,
Mais um gelado e manso entardecer.
Débora Chiovitti
Um comentário:
amém...abraços to te seguindo
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