sexta-feira, 11 de março de 2011

O que mais importa, afinal, na genealogia de Cristo?

Acontece comigo e creio que deva acontecer com muitos cristãos  que têm o hábito da leitura bíblica o fato de  não dar muita importância para textos que  discorram sobre assuntos como, por exemplo, o da genealogia do  menino-Deus. O natural quando nos deparamos com passagens assim  é acelerarmos a leitura e irmos com sede buscar exemplos que possam nos servir de munição para nos defendermos dos desafios diários que nos são impostos.  Sempre deixamos para segundo plano as genealogias, pois elas nos dão uma falsa impressão de que são úteis apenas para teólogos, arqueólogos, historiadores e outros estudiosos ampliarem  seus conhecimentos acerca de eventos mais enigmáticos.

Mas a questão aqui  para a nossa meditação é:

O que mais importa, afinal, na genealogia de Cristo para um simples leitor da bíblia como eu?

Obviamente não é uma questão fácil e simples de ser respondida, afinal, a genealogia de Jesus foi e sempre será muito mais ponto de discórdia  e debate para muitas vertentes cristãs, judaicas e até mesmo para os mulçumanos do que para pessoas que buscam na bíblia respostas para o cotidiano. Aliás, penso que os líderes religiosos, principalmente destas citadas, sempre farão uso  dos dados fornecidos por Mateus 1-17 apenas para reforço de suas convicções, atrelando-os aos preceitos religiosos que crêem ou descrêem, seja isso para benefício ou não da maioria (sociedade) - vale lembrar que está no DNA de cada uma das inúmeras crenças religiosas a  promoção do  proselitismo religioso, pois é isso que as legitima.

Justamente por essa razão, ser uma questão complexa em demasia para simples leitores da bíblia, é que proponho delimitar o assunto tentando extrair destes versículos do evangelho de Mateus algo que possa nos servir de exemplo.

Quero apenas ressaltar que acho sim que seja importante sabermos sobre quantas gerações passaram por Judá desde o patriarca da fé Abraão até  o rei Davi, e depois de Davi até a deportação para a Babilônia, e da deportação até o Cristo, apenas não creio que estes dados sejam suficientes para que encontremos algum tipo de relação com a história de nossas vidas.

Do mesmo modo também faço questão de lembrar que acho muito pertinente sabermos que a cidade de nascimento de Jesus, a pequena Belém, é a mesma em que nascera o grande rei Davi, exatamente como havia sido profetizado em Miquéias 5 - 2 (E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade). Ainda assim, insisto, sem a devida contextualização dessas citações não seria possível extrairmos lições de Deus para nossa caminhada de fé.

O que realmente importa na genealogia de Jesus é tomarmos conhecimento de que apesar de ser o próprio Deus encarnado, Ele fez questão de escolher uma família (lembrando que isso já havia sido determinado antes da fundação do mundo) cuja linhagem era formada tanto por gente notável, como é o caso de Abraão, Davi e Salomão, que apesar de grandes desvios comportamentais durante suas jornadas dispensam apresentações para seus grandes e belos feitos, como por pessoas com histórias de vida bastante questionáveis, como é o caso de Tamar que teve um filho do próprio sogro, Raabe que foi uma prostituta e Manassés que durante grande parte da vida esteve envolvido com magia negra, e isso só para citar alguns.  E sabe por que Deus escolheu para nascer uma família com um passado tão problemático?

Para nos provar que o amor Dele por nós independe de quem foram ou são as pessoas ligadas a nós; problemáticas ou virtuosas, ricas ou pobres, bem relacionadas ou tímidas, famosas ou anônimas, cultas ou analfabetas, judias ou gentias, evangélicas ou atéias, enfim, nada é capaz de nos separar do amor de Deus, nada mesmo!

I Tm - 1 : 15: Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.

Amém?

Deus abençoe!

Junior Cast

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